Um tiroteio no Centro de Curitiba deixou quatro pessoas feridas na última sexta-feira (1). O suspeito, Pedro Henrique de Oliveira Bigaski, de 29 anos, foi preso em flagrante e já era investigado por um homicídio na mesma área. De acordo com a polícia, Bigaski, que tem uma extensa ficha criminal, confessou o ataque, alegando estar em busca de um alvo específico, ainda não identificado entre as vítimas.
O ataque aconteceu durante a tarde, na movimentada Rua Riachuelo. Bigaski passou pela rua em um HB20 branco e disparou várias vezes, atingindo três pessoas, enquanto uma quarta teve a roupa atingida sem sofrer ferimentos. O carro utilizado no tiroteio foi rapidamente localizado pela Polícia Militar (PM), estacionado nas proximidades. Durante a abordagem da equipe de perícia, o suspeito passou pelo local e acabou se entregando.
Segundo a delegada Magda Hofstaetter, Bigaski foi levado para a Delegacia de Homicídios, onde foi autuado por tentativa de homicídio qualificado. O atirador confessou o crime, explicando que estava envolvido em uma disputa pessoal com um alvo que ainda não foi identificado entre as vítimas do tiroteio.
A motivação do crime está ligada a uma disputa pelo controle do tráfico de drogas nas imediações da Praça Tiradentes e da Rua Riachuelo, duas áreas centrais de Curitiba. Conforme a delegada, essas regiões são dominadas por grupos rivais. A Denarc (Divisão Estadual de Narcóticos) está investigando a disputa. As informações são da Banda B.
Além deste caso, Bigaski já estava sendo investigado pela morte de Nereide Sena dos Santos, de 46 anos, em um homicídio ocorrido no início de agosto, também próximo ao local do tiroteio. Segundo a polícia, a morte de Nereide também teria conexão com o tráfico de drogas na área central.
Outro episódio de violência foi o homicídio de um aliado de Bigaski, assassinado por um grupo rival no Largo da Ordem.
Antecedentes Criminais
Bigaski possui uma longa lista de antecedentes, incluindo lesão corporal, desacato, ameaça, desobediência e tráfico de drogas. Ele já havia cumprido pena, mas estava em liberdade. O HB20 usado no ataque pertencia à sogra do suspeito, que, segundo a polícia, não tem ligação com os crimes.